domingo, 22 de junho de 2008

Na suave corda do que chamam de depressão.

Vivendo entre a loucura e o suicídio.

Mergulhada nas profundezas dos mais sombrios pensamentos, tenho vivido meus bons e maus momentos assim. Numa linha tênue entre o desespero e a angústia.
Tenho certeza que serei a próxima musicista louca, entregue as mágoas e compondo boas peças. Afinal, os maiores músicos viveram assim.
Por enquanto, em uma conversa banal, sou comparada a Julieta de Shakespeare.De acordo com esse bom ouvinte Willian se inspirou em mim quando traçou o psicológico dramatico da moça. Rindo eu apenas pensei no quão boba essa comparação podia ser, sem muito questionar, sorri e aceitei o fato de que ali se encontra uma grande peça na minha vida.
De vez em sempre eu me esqueço do quanto o bom ouvinte, Daniel , é fundamental para o meu equilíbrio. Uma peça vital para que eu continue a fazer o melhor, e que faça com a angústia e o amor. Não podemos esquecer é claro, do Marco Aurélio, que me faz entender o quão exigente eu sou comigo.
Voltando a verdadeira face deste texto, estou extremamente apavorada com toda a pressão colocada sobre mim, em ser uma boa musicista e quanto as pessoas apostam fielmente nisso. Há um ano atrás eu acreditava nisso cegamente e sozinha, hoje vejo um grande número de pessoas acreditando também sem se dar conta que eu já perdi essa segurança. Que hoje eu posso ter "técnica" posso estar preparada para o duro mercado de trabalho, mas, psicológicamente não sou forte para suportar toda essa loucura, ganância e individualismo que o campo musical pode ser. Toda essa angústia se apodera de mim, me possuí. Me sinto despreparada, insegura , tenho muito medo. Gosto do fato de sentir medo, livremente.
Na mesma corda que ando com o desespero, ando com a possível confiança e sonho de conquistar aquilo tudo que eu sempre quis. Que o mero desespero só me ajudará a colocar sentimento nas minhas peças. Que o fracasso nos testes me tornarão uma pessoa mais forte. Que crescer é sempre doloroso, mas, sempre vamos aprender com isso.
Aqui eu me despeço, com a vaga impressão que quero ficar incomunicavel por uns tempos. Muitas coisas/pessoas não estão me fazendo bem, e remove-las da minha vida é o próximo grande passo.

trilha sonora desesperadora do dia : dying in the sun - the cranberries.

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