segunda-feira, 11 de maio de 2009

Battle for the sun - Placebo

Ouvindo esse som, desde o começo do texto.






' Sem amor e sem romance, é assim.
Nós já sabiamos que não era questão de sentimento. Coloque um fim e dê um beijo. Sem muitas ilusões, nem expectativas. Cada um faz sua parte e o resto acontece sem nem perceber...
Já estava tudo agendado, o que rege é o tesão, o calor do momento. Nada mais... Nenhum das partes quer admitir, mesmo que todos saibam, percebam, digam... Ninguém vai dar o braço a torcer por um sentimento!
Indiretamente, está escancarado. Está explícito de todas as maneiras. Precisa colocar em palavras? Criar um diálogo?
Me diz e dê bons motivos, para dizer que gosto, se todos os artíficios possíveis e imaginaveis já foram usados?

É só porque no sábado eu quase gritei que te amava, mas no domingo eu te odiava e o sangue que corria amaldiçoava cada parte do seu corpo.
É porque quando eu gritava, você me beijava, ria das minhas besteiras, brigava comigo. Tinha ciúmes até da minha sombra e não me deixava em paz.
É que eu enlouquecida, te puxei pelo pulso, gritei contigo e quase chorei, no fim, eu te abracei e ambos se desculparam.
É esse querer junto, esses esforços e essas promessas. É toda essa violência misturada com esse carinho. São todas as marcas que ficam depois que você vai, são esses hematomas por todo seu corpo, e essas mordidas dolorosas...
São os planos malignos, o desejo pela desgraça alheia, as piadas e os momentos românticos enjoativos!

É que arruinou meus planos, e as vezes me pego pensando que descarreguei meu sentimento e ele se foi de vez. Mas esperava uma resposta que não chegou... Poderia ser qualquer coisa, mas nem um sinal...? Ai que mora o erro da distância. É a ilusão tão perfeita, de quê não se gosta, mas indiretamente faz tudo para se lembrar, para receber uma notícia.

Fica então, aquele vazio.

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