sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Confissões à meia noite

Por Alinê Brandet









Já está tarde, a única luz vem da tevê, ligada para as paredes.
Em transe, pensando loucamente em algo, tenho por mim, que isso seja um tormento...
Para cama, abre a janela e espia as luzes da cidade, pensando nas horas que passam, nas que já passaram e nas que vão passar... Calculando a quanto tempo este vazio se instalou...
Dois dias, eu pensava... Dois dias...
O vento, leva as declarações, confissões dos sentimentos mais profundos... Quentes, recém-saídos daquela metáfora chamada coração.
Você não as ouve, nem nunca terá conhecimento delas, existem, ficarão adormecidas?
Apoiada nas mãos, ficou, olhando a janela, ignorando a paisagem, lembrando dos dias, refletindo sobre as decisões.
Cai, adormecida...
O que esperar quando se tem tanto sono, e tão pouco tempo?

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