quarta-feira, 29 de outubro de 2008

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Por Alinê Brandet








E de repente tudo parou, silenciando o momento, então congelado...
Ouvia apenas as batidas aceleradas do próprio coração, o sangue pulsando, a respiração, o suspiro antes do choro.
Foi assim, uma explosão de vazio e pronto.
Acabou-se então o mundo...

As lágrimas pararam no meio do caminho, inundando os olhos, embaçando a visão do que não se quer ver.
Apunhalada pelas costas, vendo seu sonho e futuro desmoronarem... Então, sem perspectiva.
Sem reação, sem capacidade de aplicar a mesma dor, de devolver o tapa...

A rua vazia, molhada por um chuva constante e fria... Quem sente essa chuva?
Molha o rosto, lavando as lágrimas, escorrendo a tristeza.
Pensando que levantar a cabeça e seguir é sua única chance.
Seguir para onde?

Seguir para o lado oposto a sua casa, a sua vida...
Seguir para onde você não esteja,
armado com suas palavras duras e frias,
com seu coração sem vida...
Com a sua visão distorcida do que faz bem...
Com a sua falta de compreensão e seu mau humor...

A chuva engrossa, aperta se o passo...
Correndo para onde se sabe que existe alguém que se importa.
Encontra se a salva guarda...
Acalma se o coração...
O tempo volta, os olhos secam, o coração dispara agora por uma felicidade inevitável...
O vazio é preenchido por uma sensação de paz...
O mundo volta, então em cores.

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