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Como se uma parte de mim, tivesse sido arrancada bruscamente. Sem aviso, sem me dar conta... De repente um vazio, que se expandia a cada dia.
Sem saber como nem porquê, então sozinha, perdida talvez. Em uma confusão de idéias e sentimentos, que não se dissipavam...
A noite, abria a janela e olhava o céu, muitas noites mal dormidas, nubladas e chuvosas... O frio, não se sentia, havia pouco espaço para sensações externas.
Vagava sozinha por um mundo de ilusões, tentando achar uma explicação para tal roubo inesperado.
Parou!
Não sabia como escrever, não tocava por não fazer sentido, não via como extrair tantos sentimentos que pareciam mais questões.
Como isso tudo aconteceu?
Quando aconteceu?
Repugnância por perguntas sem respostas, ou respostas incompletas.
Chorou, não se sabe por quanto tempo. Entregou o que tinha de mais raro e afundou-se...
Nas magoas, no remorso, na culpa... Afogada por uma confusão criada por seus medos.
Não se deu conta.
Aprisionou, não se sabe como, tudo em uma grande caixa. Passaram se os dias, sem vida...
Um dia, essa caixa há de abrir, e toda essa falsa invulnerabilidade irá virar pó, sofrerá tudo, de uma vez...
Quando aconteceu, parecia viver um grande pesadelo do qual não conseguia acordar. Ao dormir sonhava com o passado, ao despertar para o presente, se desesperava pela incerteza e pela dor contida nos seus olhos.
Tentava esconder, fazia teatro todos os dias, sorria, falava, ria... Mas em algum lugar alguém sentia seu coração dilacerar.
A estrada era bela, o céu estava estrelado, tudo deveria ser perfeito. Seria a viagem do ano, se não fosse pela distância...
Devastou toda a esperança, fez com que chorasse... Mesmo assim, não poderia esquecê-lo.
Impossível, ela o amava, com todas as forças, com toda a confusão.
Eternamente, como prometido, eternamente...
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